Caseiro forja roubo em fazenda para ir a show; filho é detido com arma e drogas em Bom Jardim de Minas

Um caso inusitado chamou a atenção da Polícia Militar em Bom Jardim de Minas: o que inicialmente parecia ser um roubo à mão armada em uma fazenda na zona rural da cidade acabou sendo uma farsa elaborada por um caseiro de 50 anos, que queria apenas assistir ao show da cantora Naiara Azevedo durante a Exposição Agropecuária local. Segundo a PM, o homem registrou um boletim de ocorrência alegando que, ao retornar ao trabalho por volta das 18h30 do sábado (3), foi rendido por três homens encapuzados ao abrir a porteira da fazenda. Ele afirmou que os criminosos o levaram para dentro da casa, o amarraram e fugiram com um caminhão e dois tratores, mantendo-o imobilizado até a manhã seguinte, quando teria sido libertado pelo filho, de 25 anos. No entanto, durante a investigação, os policiais descobriram que o caseiro permaneceu no Parque de Exposições até a madrugada, acompanhando a apresentação da cantora sertaneja. Ao voltar para a fazenda e perceber o furto dos veículos, ele teria forjado a história para não ser responsabilizado pelo sumiço dos bens da propriedade, que estavam sob sua guarda. Durante uma vistoria na fazenda na segunda-feira (5), a PM também encontrou com o filho do caseiro uma submetralhadora de fabricação caseira, munições e entorpecentes. O jovem já possuía passagens pela polícia e é suspeito de envolvimento com uma facção criminosa que atua na região. Diante dos fatos, pai e filho foram encaminhados para a Delegacia de São João del Rei. O rapaz foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Já o caseiro responderá em liberdade por falsa comunicação de crime. O jovem ainda declarou à polícia que o caminhão teria sido levado para o estado de São Paulo por criminosos, mas não soube indicar quem seriam os responsáveis pelo furto.
Homicídio choca frequentadores da Praça Antônio Carlos, em Juiz de Fora

Na noite do último domingo (9), um homem de aproximadamente 30 anos foi morto a tiros nas imediações da Praça Antônio Carlos, no Centro de Juiz de Fora. O crime ocorreu durante um evento privado que acontecia no local, o ‘Pagode do Nelsinho’, que, segundo a Prefeitura, não fazia parte do calendário oficial do carnaval. De acordo com o registro policial, a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo e morreu antes da chegada do Samu, que foi acionado para prestar socorro. A Polícia Militar isolou a área e acionou a Perícia da Polícia Civil para as investigações. O tumulto gerado pelo crime também causou mal-estar em algumas pessoas presentes no evento. A equipe do Samu socorreu duas vítimas: uma sofreu um ataque de pânico e outra teve uma crise convulsiva. Ambas foram levadas ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Uma testemunha relatou às autoridades que o homicídio pode ter sido motivado por uma represália de uma facção criminosa, o Comando Vermelho. Segundo essa versão, o homem assassinado teria sido autor de outro homicídio no ano de 2024. A polícia apreendeu um aparelho celular e a quantia de R$ 249 que estavam com a vítima. Até a última atualização desta matéria, nenhum suspeito havia sido preso, e o caso segue sob investigação da Polícia Civil. A Prefeitura de Juiz de Fora se manifestou por meio de nota oficial, destacando que o evento era de responsabilidade privada e que o organizador, identificado como ‘Nelsinho do Pagode’, foi autuado em R$ 10 mil. As infrações cometidas incluem obstrução de via pública, através do cercamento da praça, e sujeira deixada no local após o evento. O organizador se pronunciou lamentando a fatalidade e negou qualquer relação do evento com o crime. Ele destacou que a festa seguiu todas as exigências da Prefeitura e contou com a presença de mulheres, crianças e idosos, reforçando que o objetivo era proporcionar um ambiente familiar e seguro. A população de Juiz de Fora segue consternada com o crime, e as investigações continuam para esclarecer as circunstâncias do homicídio.