Breno Alberto da Cunha Rebelo da Silva, mais conhecido como Breno Vespão, influencer de Juiz de Fora, foi detido na última terça-feira (16) durante a “Operação Aracnídeo”. As autoridades o acusam de promover a venda de rifas ilegais online e comercializar um “robô” sem a devida licença para realizar operações no mercado de opções binárias.
A prisão de Breno é resultado de denúncias feitas por possíveis vítimas e é um desdobramento da “Operação Provérbios 16:18”, que prendeu outros seis influenciadores na cidade, em dezembro, por envolvimento em rifas ilegais na internet.
De acordo com o delegado Márcio Rocha, da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado, Breno chamava a atenção não apenas por sua prática de rifas ilegais, mas também por direcionar clientes para uma plataforma sediada em ilhas fiscais no Caribe. O influencer foi conduzido ao Presídio de Matias Barbosa, e até o momento, a defesa dele não foi contactada.
Com quase 500 mil seguidores nas redes sociais, Breno utilizava sua influência para promover a venda do “robô”, que prometia impulsionar investimentos digitais. O acesso à ferramenta custava R$ 1 mil, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não autorizava sua utilização no Brasil, e a plataforma estava hospedada em uma região de paraíso fiscal.
Segundo o delegado, as vítimas do influenciador podem entrar em contato com a polícia, uma vez que, após sofrerem prejuízos, não teriam meios legais de reivindicar devido à falta de sede da empresa no Brasil.
O perfil de Breno nas redes sociais o apresenta como especialista em opções binárias e criptomoedas, exibindo um estilo de vida luxuoso com fotos ao lado de carros de alto padrão e em locais de viagem. Durante a operação, dois veículos de luxo foram apreendidos, sendo alegado pela polícia que foram adquiridos através de transações ilegais.
A prisão de Breno é um desdobramento da “Operação Provérbios 16:18”, realizada em dezembro, na qual Wesley Alves, outro influenciador, foi detido por suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de rifas online de carros e motos de luxo. O grupo, composto por sete pessoas, é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, com uma movimentação financeira estimada em R$ 3,5 milhões, além da apreensão de carros de luxo e uma moto aquática. O nome da operação faz referência ao comportamento dos envolvidos: “vaidade e orgulho precedem a queda”.