O Ministério Público de Minas Gerais formalizou denúncia contra uma ex-funcionária do Hospital São João Batista, em Viçosa, por desviar mais de R$ 12 mil da instituição. A acusação é resultado das investigações conduzidas no âmbito da Operação “Ressonância”, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) entre os meses de abril e setembro deste ano.
Durante as averiguações, que contaram com a participação do Gaeco regional Visconde do Rio Branco e da 1ª Promotoria de Justiça de Viçosa, foi concluído que a ex-funcionária teria praticado os desvios nos meses de maio e junho de 2022.
Segundo o promotor de Justiça, Luís Cláudio Fonseca Magalhães, responsável pela denúncia, a atitude da ex-colaboradora causou sérios danos à reputação e imagem da instituição hospitalar. O crime, segundo o promotor, manchou o “bom nome” da fundação perante a comunidade local e regional, resultando na solicitação de condenação também por dano moral coletivo.
A denúncia foi aceita pela Justiça, e a ex-funcionária, caso condenada, enfrenta pena que pode ultrapassar 10 anos de reclusão, além de multa, somando-se ao pagamento de R$ 10 mil em danos morais coletivos. Até o momento, o nome da ex-colaboradora não foi divulgado.
A Operação ‘Ressonância’, que desvendou o esquema de corrupção, ocorreu entre os meses de abril e setembro deste ano. Os mandados foram cumpridos em Viçosa e Ervália, tendo como alvo não só a ex-funcionária, mas também outros funcionários e ex-colaboradores da instituição de saúde.
O coordenador do Gaeco Zona da Mata, promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, destacou que há indícios de desvios, incluindo a manipulação do sistema de controle financeiro e contábil da fundação. Vale ressaltar que em 2019, o Hospital São João Batista foi vítima de desvios de recursos públicos que totalizaram R$ 729.365,10.