Um ano se passou desde que Larissa Moraes de Carvalho, uma estudante de medicina de 31 anos, entrou em estado vegetativo após uma cirurgia para corrigir alterações de crescimento dos maxilares na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, em março de 2023. O que deveria ser um procedimento rotineiro tornou-se um pesadelo para a família, que agora busca respostas e justiça.
Larissa havia sido aconselhada por dentistas desde a infância a realizar a cirurgia ortognática, e após extensa pesquisa e consultas, ela finalmente optou por seguir adiante com o procedimento. No entanto, o que se seguiu foi uma tragédia inesperada.
A família relata que após a cirurgia, Larissa foi levada para o quarto, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços dos profissionais de saúde para reanimá-la, Larissa foi deixada em estado vegetativo, um desfecho que mudou completamente sua vida e a de seus entes queridos.
Desde então, a família tem lutado por respostas. Uma investigação foi iniciada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que solicitou informações detalhadas sobre o caso à Santa Casa de Misericórdia. O médico e a anestesista envolvidos no procedimento também estão sob investigação, embora até o momento não tenham se pronunciado sobre o assunto.
A família contratou peritos particulares para examinar o caso. Suas conclusões apontam para uma série de falhas na assistência médica prestada a Larissa, desde a cirurgia até os cuidados pós-parada cardiorrespiratória. Os relatórios indicam preenchimento inadequado de documentos médicos, falta de monitoramento adequado no período pós-anestesia e assistência inadequada durante a parada cardiorrespiratória.
Enquanto a batalha legal continua, a família enfrenta não apenas o trauma emocional da situação, mas também o ônus financeiro do tratamento contínuo de Larissa, que já ultrapassou os R$ 270 mil. Medicamentos, fraldas e outras despesas necessárias se somam às contas, enquanto a busca por justiça persiste.
Para a família de Larissa, o que começou como uma busca por correção cirúrgica transformou-se em uma luta por justiça e responsabilidade médica. Enquanto isso, Larissa permanece em estado vegetativo, dependente de cuidados constantes, enquanto sua família aguarda por respostas e um desfecho justo.