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Uma carvoaria na zona rural de São João del Rei foi denunciada por manter trabalhadores em condições desumanas, semelhantes à escravidão. A operação resultou na prisão em flagrante de um casal, enquanto o proprietário da propriedade está foragido.

A denúncia foi iniciada por um dos trabalhadores, que junto com dois amigos, migraram do norte de Minas Gerais em busca de emprego. Segundo relatos, o casal ofereceu trabalho e alojamento aos três, que começaram a labutar em um terreno rural no Povoado de Carvoeiro.

Os trabalhadores não foram formalmente contratados e recebiam apenas por produção, com descontos para alimentação e bebida. A produção, de acordo com a denúncia, era destinada ao Rio de Janeiro, abastecendo churrascarias e outros estabelecimentos.

Condições desumanas de trabalho foram descobertas no local pela Polícia Militar do Meio Ambiente. Não havia instalações sanitárias adequadas, e os trabalhadores eram obrigados a dormir em um espaço exíguo. Suas refeições eram preparadas em um fogão a lenha, enquanto um improvisado banho era tomado ao ar livre em uma fogueira.

A situação ainda se agrava com relatos de agressão e aprisionamento por parte da recrutadora, que se acredita ser a esposa do proprietário da fazenda.

Apesar do resgate e da prisão do casal responsável pelo recrutamento, o proprietário da carvoaria está foragido. Notavelmente, os outros dois trabalhadores resgatados optaram por não denunciar, temendo a perda de seus empregos.

As investigações agora estão sob responsabilidade da Polícia Civil.

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