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O Rio Grande do Sul enfrenta uma de suas piores crises climáticas em décadas, com as enchentes que assolam o estado provocando um aumento alarmante no número de vítimas. De acordo com os últimos dados divulgados pela Defesa Civil na tarde desta segunda-feira (6), o número de mortos subiu para 83. Além disso, outras 4 mortes estão sob investigação, enquanto 111 pessoas permanecem desaparecidas e 291 estão feridas.

As imagens dramáticas captadas por drones revelam voluntários em uma busca angustiante por moradores isolados, como em Canoas, uma das áreas mais afetadas pelas enchentes. Enquanto isso, cerca de 149,3 mil pessoas estão desabrigadas, com 20 mil alojadas em abrigos e 129,2 mil buscando refúgio nas casas de familiares ou amigos. A tragédia não poupa nenhum dos 364 municípios do estado, afetando aproximadamente 873 mil pessoas.

O Aeroporto Salgado Filho, vital para a região, encontra-se fechado por tempo indeterminado devido às condições adversas causadas pelas enchentes. Imagens revelam áreas alagadas no local, evidenciando o impacto avassalador das inundações.

Com a previsão de mais chuvas a partir da metade desta semana, o estado permanece em estado de alerta, temendo novos danos e agravamento da situação já catastrófica. A população enfrenta um cenário desolador, como relata Tatiane, uma das muitas vítimas das enchentes: “Agora chego aqui e não sei se tenho mais casa. Eu saí só com a roupa do meu filho.”

As estradas também estão seriamente comprometidas, com bloqueios em 102 pontos de rodovias estaduais e 61 de rodovias federais, totalizando 163 interrupções no trânsito. A situação é crítica na BR-116, com 18 pontos interrompidos em diversas cidades.

Enquanto isso, o nível do Guaíba, em Porto Alegre, atinge níveis alarmantes, estando quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Com medições indicando 5,26 metros nesta segunda-feira (6), muito acima do limite de 3 metros para inundação, a população enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história recente.

Diante dessa tragédia de proporções históricas, o Rio Grande do Sul se mobiliza em uma luta incansável para enfrentar os desafios que se impõem e se recuperar desse desastre que deixará marcas por muito tempo.

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