Uma recém-nascida foi vítima de sequestro na cidade de Uberlândia por uma mulher de 47 anos e foi encontrada em Muriaé, município a quase 850 km de distância, no fim da tarde de terça (3). O resgate da criança foi possível graças a uma denúncia anônima e ao alerta feito pela mãe, relatando o desaparecimento da filha.
Conforme consta no boletim policial, a genitora procurou uma delegacia em Uberlândia e explicou que inicialmente planejava entregar a bebê para a mulher sequestradora, mas acabou desistindo da ideia. Por sua vez, a autora negou às autoridades ter raptado a criança e alegou que a bebê era sua filha, com apenas 4 meses de vida, fruto de um parto prematuro que a levou a ficar internada em Belo Horizonte.
O Conselho Tutelar foi acionado e, após consulta, constatou que a autora já tinha sido denunciada anteriormente por outro sequestro, embora naquela ocasião nenhuma criança tenha sido encontrada em sua companhia. A recém-nascida resgatada foi encaminhada para um hospital para atendimento e, posteriormente, levada a um abrigo em Muriaé por ordem judicial.
A Polícia Civil emitiu uma nota informando que o caso será investigado e a mulher responsável pelo sequestro da bebê foi presa em flagrante, sendo levada para uma penitenciária.
A negociação e o sequestro de acordo com o Boletim de Ocorrência, a mãe da criança explicou que foi apresentada à sequestradora por uma intermediária por meio das redes sociais e que inicialmente planejava doar a bebê, dada sua situação financeira precária, especialmente por ser estrangeira e ter se mudado recentemente da Venezuela para o Triângulo Mineiro.
Ainda conforme a ocorrência, a sequestradora chegou a Uberlândia uma semana antes do nascimento da bebê. Após receber alta do Hospital de Clínicas da UFU, a bebê ficou sob os cuidados dela por dois dias em um hotel. Quando a mãe decidiu não mais entregar a criança, a autora pediu para ficar com a bebê por alguns dias, mas fugiu para Muriaé. Antes de fugir, ambas foram a um cartório.
Durante a busca na residência da sequestradora em Muriaé, as autoridades encontraram uma certidão de nascimento com sinais evidentes de adulteração, bem como documentos da verdadeira mãe da bebê. Não foi fornecida informação sobre o meio utilizado para o deslocamento entre as cidades mineiras.
De acordo com o HC-UFU, a mãe deu entrada na unidade de saúde no dia 26 de setembro, recebeu alta dois dias depois e saiu com o documento de nascido vivo.
“Com este documento, os responsáveis vão ao cartório fazer a certidão de nascimento em até 30 dias. O hospital não tem cartório dentro do HC. A genitora pediu uma laqueadura e saiu com encaminhamento para entrar com planejamento familiar para fazer a laqueadura”, acrescentou.